Diversidade e inclusão são assuntos em voga hoje em dia. De todos os lados — pessoal, artístico, empresarial, etc — é necessário pensar em ações que incluam, a fim de aumentarmos cada vez mais a equidade em nossa sociedade. Desse modo, pensar em fazer um marketing inclusivo também é fundamental, comunicando-se com mais pessoas, permitindo maior identificação e fortalecendo os valores da marca.
No entanto, empresas que investem no marketing inclusivo precisam ter um cuidado importante: trazer a inclusão dos bastidores para fora, sem deixar que se torne um discurso vazio e superficial. Afinal, o marketing inclusivo vai muito além de publicações comemorativas nas redes sociais. É necessário ter a inclusão nas raízes da empresa, da equipe direto para o público.
Continue a leitura e saiba mais sobre o que é marketing inclusivo e como colocá-lo em prática.
O que é marketing inclusivo?
O marketing inclusivo é marketing! Pensar em inclusão na hora de fazer marketing significa anunciar, promover e vender para todas as pessoas de forma consciente, sem exclusão.
Desse modo, o marketing inclusivo pensa na diversidade do seu público, a fim de desenvolver uma comunicação que converse com todos e não apenas com uma parcela da sociedade.
Por exemplo, considere:
- gênero;
- idioma;
- renda;
- sexualidade;
- idade;
- religião;
- habilidade;
- etnia.
É claro que isso deve considerar o seu público-alvo, que pode ter um recorte. Por exemplo, se a sua marca vende produtos só para mulheres, vale repensar a comunicação para que mulheres trans não se sintam excluídas, bem como pensar que há diferentes etnias, orientação sexual, religião, etc. Viu como mesmo em um público seleto, ainda há muita diversidade? Isso é marketing inclusivo.
Além disso, é necessário pensar que seu público-alvo é formado por pessoas diferentes umas das outras. E é possível transparecer na comunicação que a marca pensa nisso, dando voz a diferentes tipos de clientes.
Para a sua empresa, a vantagem de praticar o marketing inclusivo é contar com um público mais amplo, como maior visibilidade, além de criar uma boa reputação para a marca. Assim, a marca tem muito mais oportunidades e diversas perspectivas para aproveitar! A partir disso podem surgir chances de atuar em novos nichos e com novas parcerias. Na prática, a marca tem como objetivo criar uma cultura visual e comportamental representativa.
Os profissionais que pensam e praticam o marketing inclusivo não se prendem a estereótipos, mas estão dispostos a criar fora da caixa, com um posicionamento que contribua para uma sociedade mais justa e equalitária.
O que saber antes de pôr em prática o marketing inclusivo?
Pensar que há um público diverso para a sua marca é diferente de ativamente incluí-lo em sua comunicação de marketing. Na prática, a marca precisa oferecer qualidade de experiência, pensando em diferentes perspectivas.
Mais um ponto importante na inclusão é considerar sempre o impacto da comunicação e não apenas sua intenção — seja uma imagem, um título, uma campanha publicitária, etc. Ou seja, não é porque a intenção não foi ofender que, de fato, não tenha ofendido, excluído ou alimentado um estereótipo negativo.
O marketing inclusivo não é uma tendência, mas sim um aperfeiçoamento. Há cada vez menos espaço para materiais excludentes. E é importante que toda marca entenda que todas as empresas têm um papel importante para dar voz à diversidade.
Como pôr em prática o marketing inclusivo?
Agora que você já entendeu o que é o marketing inclusivo, bem como sua importância para a empresa, para o público e para a sociedade, chegou a hora de entender como pôr em prática.
1 – Conte com um time diverso
Como dito logo no início do texto, a inclusão precisa partir das raízes da empresa, dos profissionais por trás da marca para o público. Se a sua empresa não conta com um time diverso, a inclusão torna-se um discurso vazio.
Para além do marketing inclusivo, um time diverso também permite que a inclusão seja um valor da empresa, da cultura da empresa.
2 – Repense sua forma de utilizar e criar imagens
As imagens utilizadas nas redes sociais são um pequeno, mas importante passo na inclusão. Abra o perfil da sua empresa em uma rede social e veja se há diversidade na escolha das fotos: cor da pele, etnia, gênero, idade e peso.
A dificuldade para implementar essa mudança pode começar na falta de opções nos bancos de imagens. Mas atualmente há opções de bancos que retratam com maior veracidade o mundo em que vivemos
3 – Atenção ao texto
Nas redes sociais, um passo simples é começar a incluir texto alternativo às imagens. Assim, pessoas com deficiência visual já terão melhor experiência na hora de se deparar com a sua publicação. Em vídeos, o uso de legenda também é bem-vindo para incluir pessoas com deficiência auditiva.
Além disso, é importante se atentar para o uso de pronomes, a fim que o texto não pareça sexista ou excludente. Muitas vezes, o gênero não precisa fazer parte de uma publicação e é possível criar um conteúdo neutro ou que reforça que a mensagem é para todas as pessoas.
Outro erro é usar piadas dúbias que ferem algum grupo. É possível fazer publicações bem-humoradas sem confundir ou insultar o público.
4 – Público-alvo e persona
A pesquisa de público é um passo importante para o marketing. Mas muitas vezes o profissional ou equipe responsável está tão focada em descobrir as “dores e sonhos” do público que esquece de dar atenção à diversidade desse público.
Durante a pesquisa, é importante se atentar à variedade de características do público. Assim, usar esses dados para criar personas diversas é fundamental para fazer um marketing bem-feito e, claro, inclusivo.
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